Assinalamos na próxima semana mais um dia da Região Autónoma dos Açores. O significado desta data não pode continuar assente em meros discursos de circunstância, sempre inconsequentes e insistentemente adornados por meio de diversas citações de poetas e escritores alusivas à vivência de um Povo que há quinhentos anos optou por permanecer nestas Ilhas e associar esta celebração à Segunda feira do Espírito Santo.
O Presidente do Governo tem o dever de falar claro sobre os desígnios da Autonomia e comprometer-se com a adopção de propostas concretas para elevar a sua qualidade, não só mediante a introdução de medidas de combate à abstenção eleitoral, como também das que se revelam indispensáveis para fomentar a participação de cidadãos independentes na política.
A Autonomia não pode permanecer refém de uma casta de políticos – pouco credíveis, segundo o recente estudo da nossa Universidade – que apenas irão contribuir para o seu definhamento.
A Autonomia é do Povo dos Açores, que anseia pela melhoria das suas condições de vida. E que quer ser respeitado!
Pedro Nascimento Cabral